O setor de construção e seus impactos ambientais: descubra como é possível transformá-lo com práticas sustentáveis

Tatlin Surkov Tatlin Surkov
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Paulo Twiaschor mostra como práticas sustentáveis podem reduzir os impactos ambientais do setor da construção.

A construção tradicional, embora essencial para o crescimento urbano, traz impactos ambientais que desafiam o equilíbrio ecológico. Como destaca o executivo Paulo Twiaschor, as práticas convencionais ainda predominam em boa parte dos projetos, resultando em elevado consumo de recursos naturais, emissão de poluentes e geração excessiva de resíduos. Essa realidade exige uma reflexão urgente sobre o que pode ser modificado em prol de um futuro mais sustentável. Pensando nisso, continue a leitura e veja como o setor da construção pode se reinventar de forma mais consciente e eficiente.

Os principais impactos ambientais da construção tradicional

As obras convencionais costumam consumir grandes quantidades de matéria-prima e energia, o que representa um dos maiores desafios para a sustentabilidade urbana. A extração de areia, pedra e madeira, por exemplo, degrada ecossistemas inteiros e contribui para a escassez de recursos naturais. Além disso, o uso intensivo de cimento está diretamente relacionado à emissão de dióxido de carbono (CO₂), agravando o efeito estufa.

Sem contar que a gestão inadequada dos resíduos sólidos nas construções tradicionais também amplia os danos. De acordo com o conhecedor Paulo Twiaschor, entulhos descartados incorretamente contaminam o solo e os cursos d’água, afetando diretamente a biodiversidade e a saúde da população. Outro fator preocupante é o desperdício de água, que pode ser evitado com técnicas mais modernas e planejadas.

Transformar o setor da construção é possível, afirma Paulo Twiaschor, ao defender soluções sustentáveis para minimizar danos ambientais.
Transformar o setor da construção é possível, afirma Paulo Twiaschor, ao defender soluções sustentáveis para minimizar danos ambientais.

Somado a isso, a ausência de planejamento para eficiência energética em edificações convencionais resulta em construções pouco eficientes, que exigem maior consumo de energia para climatização e iluminação, aumentando a pegada de carbono durante toda a vida útil da edificação.

O que podemos mudar para reduzir os impactos ambientais da construção?

Felizmente, já existem soluções acessíveis e eficazes para diminuir os impactos ambientais da construção civil. A substituição de práticas ultrapassadas por métodos inovadores e ecológicos é o primeiro passo para essa mudança. Isto posto, entre as alternativas mais promissoras estão os sistemas construtivos sustentáveis, como a construção modular, que reduz o desperdício de materiais e o tempo de obra, conforme frisa Paulo Twiaschor. 

Assim como o reaproveitamento de resíduos de demolições para novos usos também representa uma ação relevante. Além disso, é possível incorporar tecnologias verdes, como sistemas de captação de água da chuva, painéis solares e telhados verdes. Essas soluções ampliam a eficiência energética das edificações, minimizando os impactos ambientais durante e após a construção, como pontua o entendedor de engenharia Paulo Twiaschor.

Quais alternativas sustentáveis podem ser adotadas nas obras?

A adoção de práticas ecológicas na construção civil é cada vez mais viável, especialmente com o avanço da tecnologia e da conscientização ambiental. Abaixo, reunimos algumas estratégias sustentáveis que podem ser aplicadas de forma prática no setor:

  • Uso de materiais reciclados ou de baixo impacto ambiental: produtos como tijolos ecológicos, madeira de reflorestamento e blocos de concreto reciclado ajudam a reduzir a extração de matérias-primas.
  • Planejamento para eficiência energética: incluir projetos com ventilação cruzada, iluminação natural e isolamento térmico reduz a necessidade de ar-condicionado e iluminação artificial.
  • Gestão inteligente de resíduos: separação e reaproveitamento dos resíduos da obra evitam o acúmulo de entulhos e diminuem a pressão sobre aterros sanitários.
  • Captação e reúso de água: a instalação de sistemas para aproveitamento da água da chuva contribui para a economia hídrica nas edificações.
  • Certificações ambientais: buscar selos como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) comprova o compromisso com a sustentabilidade e aumenta o valor do imóvel no mercado.

Essas alternativas, quando planejadas desde a fase de projeto, representam um grande avanço em direção a construções mais responsáveis e comprometidas com o meio ambiente.

Como a engenharia pode liderar essa transformação?

O papel da engenharia é decisivo na transição para um modelo de construção mais sustentável. Pois, é por meio de decisões técnicas, escolha de materiais e aplicação de soluções inteligentes que se define o impacto de uma obra no meio ambiente. Desse modo, o engenheiro é o elo entre o projeto e a responsabilidade socioambiental, sendo protagonista na implementação de práticas ecológicas.

Dessa maneira, a atuação de profissionais conscientes, alinhados com princípios sustentáveis, pode transformar profundamente o setor. Inclusive, a busca por inovação, aliada à preservação ambiental, já não é uma opção, é uma exigência do mercado e da sociedade. Por isso, investir em formação contínua, parcerias com fornecedores responsáveis e certificações ambientais é essencial para manter a competitividade e atender às demandas por construções mais verdes, de acordo com o conhecedor Paulo Twiaschor.

O futuro da construção depende de escolhas mais sustentáveis

Em resumo, reduzir os impactos ambientais da construção tradicional é uma meta que depende de vontade política, inovação técnica e engajamento do setor. Assim sendo, o compromisso com a sustentabilidade começa no planejamento e se estende por toda a execução e uso da edificação. 

A construção civil tem um enorme potencial de transformação e pode ser uma aliada do meio ambiente se souber aproveitar os recursos disponíveis de maneira consciente. Logo, repensar o modelo tradicional e investir em alternativas ecológicas é, hoje, uma urgência para garantir um futuro mais equilibrado e resiliente para as próximas gerações.

Autor: Tatlin Surkov

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